terça-feira, maio 17, 2011

O sabor amargo do açúcar

Que o açúcar é um veneno pra quem tem tendencia a diabetes (como eu), e que ele é o maior sabotador de uma dieta eu ja sabia, mas o que o pesquisador Robert Lusting, da universidade da Califórnia procura comprovar é que o açúcar é tão viciante quanto o cigarro e o alcool. Ele se didica divulgar evidêcias contra o açúcar , a revista Época  refere-se a ele como um "agitador", e não é pra menos, algumas pessoas simplesmente não vivem sem o tal "açúcar na veia", enquanto eu lia a materia ficava impressionada com a quantidade de açúcar que consumimos durante um ano de vida, são nada menos do que 62,9kg por ano! imagine 12 sacos de 5kg de açúcar ai na sua frente pra você consumir em 12 mess, não não é pra sua familia toda, é só pra você, eu diria que é um exagero, mas contra fatos não há argumentos!
Eu como filha de diabetico, sei o transtorno que é esta doença, tudo em nosso organismo se torna mais lento, uma micose simples pode se transformar em uma perna amputada, tive ainfelicidade de ver isso no meu avô, e quase perdi meu pai pelo mesmo motivo...
"A denúncia que ele faz não é nova. Em 1975, o jornalista americano William Dufty (morto em 2002) fez sucesso com o livro Sugar blues: o gosto amargo do açúcar. Dufty defendia a ideia de que o açúcar é uma droga poderosa, viciante e capaz de provocar inúmeros males à saúde. Ele afirmava que a indústria conspirava para manter os americanos viciados no pó branco vendido legalmente. O argumento central do livro é de que uma pequena redução no consumo de açúcar é capaz de fazer qualquer pessoa se sentir melhor fisica e mentalmente. Radical, Dufty chegava a ponto de afirmar que a redução do consumo de açúcar nos manicômios poderia ser um tratamento eficaz para muitos pacientes. O livro vendeu 1,6 milhão de cópias, fez a cabeça de muita gente, mas o consumo de açúcar não caiu. Só aumentou.
O principal argumento de Lustig é que a forma como o açúcar é metabolizado pelo organismo o torna muito perigoso. O açúcar de cana, tão popular no Brasil, é tecnicamente chamado de sacarose. Quando digerido, ele se transforma em glicose e frutose. Excesso de glicose é ruim, mas excesso de frutose parece ser muito pior. A frutose derivada do açúcar de cozinha e a frutose ultraconcentrada usada no xarope de milho que adoça os refrigerantes nos Estados Unidos são metabolizadas primeiro (e rapidamente) pelo fígado. Ele passa a trabalhar demais, o que pode levar a um fenômeno chamado de resistência à insulina. Ou seja: o fígado deixa de ser capaz de atuar na redução de glicose no sangue. As consequências para a saúde vão do diabetes tipo 2 à impotência sexual" (fonte Revista Época).
Como dizia o autor do livro Sugar blues nos anos 70, muita gente se sente dependente de açúcar depois de consumi-lo por anos. “Sou viciado. Só falta eu fazer uma carreirinha de açúcar e cheirar”, diz o radialista aposentado Marcio Barker. “Não passo um dia sequer sem comer doce. Sinto crise de abstinência e preciso parar o carro para procurar uma doceria.”
Quando tinha 1 ano de idade, Barker foi encontrado pela mãe embaixo da mesa da cozinha se lambuzando com o açucareiro. Aos 65 anos, é o “formigão” numa família que prefere o sal. Faz doce de leite em casa e passa o dia comendo guloseimas. Apesar disso, não é gordo (tem 1,84 metro e 85 quilos) e diz que tem níveis normais de triglicérides e glicemia.
Histórias como a de Barker despertam uma pergunta pertinente. Se o açúcar é tão ruim assim, por que alguns sortudos passam a vida se deliciando com ele sem sofrer mal nenhum? “Isso é um sinal de que as pessoas não respondem igualmente à ingestão de açúcar. A mesma coisa acontece com o álcool. Algumas pessoas são muito sensíveis, outras nem tanto”, afirma Frank Hu, professor de nutrição e epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard. “Elas podem ter genes que as protegem dos efeitos dessas substâncias. Ou podem ter um perfil metabólico diferente.”
Nem todas as pessoas têm a mesma sensibilidade. Há quem coma doce a vida toda e não sofra danos
 Para o médico Durval Ribas Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrologia, o açúcar não faz mal se não ultrapassar 100 gramas por dia. Especialmente quando se é saudável. “Se a pessoa não é obesa, não tem síndrome metabólica, não é diabética, vamos proibir em nome de quê?” Ribas compara o açúcar com outros alimentos com alto índice glicêmico, como o arroz branco, o pão branco e a batata. Eles também viram açúcar de absorção rápida no organismo e, se o açúcar tiver de ser tão restrito, o arroz e o pão terão de ser também.
Os estudos que mostram os efeitos adversos da frutose ainda levantam dúvidas. É muito difícil estudar os efeitos exatos do consumo de açúcar sobre o organismo (que dirá de um tipo de açúcar específico, como é o caso da frutose). Primeiro, porque nunca consumimos a frutose isoladamente (a não ser nas frutas, verduras e no mel). Quando ela é adicionada artificialmente aos produtos industrializados, vem ligada a moléculas de glicose (o açúcar preferido de nossas células). Por isso, é difícil estabelecer até que ponto as modificações no funcionamento do organismo se devem à ingestão de açúcar no geral e até que ponto são influenciadas pelas moléculas de frutose.
Em segundo lugar, a maior parte dos estudos são epidemiológicos. Isso significa que eles pegam uma grande fatia da população e tentam associar estatísticas de saúde a estatísticas comportamentais. A tarefa é complicada porque comportamentos não são isolados facilmente. Geralmente, pessoas que ingerem diariamente grandes quantidades de refrigerante têm outros hábitos pouco saudáveis, como o sedentarismo. Como dissociar um hábito do outro para apontar o tamanho de cada um sobre a epidemia de obesidade? Outro problema é que os estudos costumam procurar índices que sugerem doenças no futuro, como é o caso do aumento no nível dos triglicérides, e não as doenças em si. E não há garantias de que uma pessoa que tem níveis mais altos de triglicérides desenvolverá, de fato, doenças cardiovasculares. Os estudos poderiam levar a associações alarmistas.
As teses de Lustig e seus seguidores parecem fazer sentido. Infelizmente, é improvável que tenhamos uma conclusão definitiva nos próximos anos. Como Lustig faz questão de dizer, açúcar e xarope de milho certamente não são “toxinas agudas” do tipo que as autoridades sanitárias regulam e cujos efeitos podem ser observados em poucos dias ou meses. A questão é saber se eles são “toxinas crônicas”. Ou seja: eles não são tóxicos depois de uma refeição, mas talvez sejam depois de 1.000. Isso significa que estudos como os de Tappy deverão acompanhar os voluntários, no mínimo, por mais de 1.000 refeições. Só assim poderão ser considerados significativos. Até lá o farol amarelo permanece aceso. 

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