quinta-feira, janeiro 27, 2011

Esteatose Hepatica - um inimigo silencioso

Quem está acima do peso conhece as limitações causadas pelo excesso de gordura. Bastam alguns minutos de uma caminhada mais apressada para ficar com a língua de fora, os joelhos doerem... Sem contar com os problemas de saúde associados como doenças cardiovasculares e diabetes.
O que poucas pessoas sabem é que a obesidade pode ter como companheira a esteatose, uma doença que não se manifesta, mas que afeta o fígado e que, se não for descoberta e tratada a tempo, pode trazer más conseqüências. Também chamada de “doença gordurosa do fígado”, esteatose é a infiltração de gotículas microscópicas de gordura no interior das milhões de células do órgão. “É a alteração do fígado mais freqüente no mundo, não causando sintomas específicos”, afirma o médico hepatologista de São Paulo,João Galizzi Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Segundo o especialista, há dois tipos principais de esteatose: a que ocorre em quem consome bebida alcoólica com freqüência (o álcool interfere no metabolismo ou na transformação das gorduras) a que ocorre em pessoas que não bebem, mas têm a “síndrome metabólica”, (que é a reunião de quaisquer três dessas cinco doenças: obesidade abdominal, colesterol ou triglicérides elevados no sangue, diabetes tipo 2 ou ainda pressão alta).
Portanto, não apenas as pessoas que consomem álcool são propensas a desenvolver a esteatose. Nas demais condições, como a associada à obesidade, ela é chamada de “doença gordurosa não alcoólica do fígado”.
Uma doença assintomática
Ao contrário de muitos outros distúrbios de saúde, na maioria dos casos o organismo sequer dá qualquer sinal de que esteja ocorrendo alguma coisa de errado. De acordo com o médico Sender Jankiel Miszputen, professor-adjunto de Gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), quem tem a doença gordurosa do fígado não sente absolutamente nada. “Ela só é diagnosticada por meio de exame de laboratório, como o que avalia as enzimas do fígado, ou através de ultrassonografia abdominal. Porém, para ser confirmada, é necessária uma biopsia”, explica.
Para o hepatologista João Galizzi Filho, a esteatose geralmente surge com obesidade abdominal, colesterol ou triglicérides elevados e diabetes. “É encontrada mais freqüentemente em mulheres por volta dos 50 anos, mas ocorre também em homens e em crianças”, complementa.
Perda de peso é fundamental
Diagnosticada a esteatose é hora de partir para o tratamento. Como não existem drogas para combater o problema, o primeiro passo é a perda de peso, mantendo-o na faixa ideal para a idade do paciente. O segundo, aplicado em paralelo, é a prática de exercícios físicos com regularidade e moderação, como, por exemplo, as caminhadas. E quando necessário, os médicos costumam indicar medicamentos para controlar o diabetes e o aumento dos lípides (gordura) sangüíneos. “É uma doença curável, basta vencer as suas causas”, afirma Sender J. Miszputen.
Na maioria dos casos, os cuidados com a alimentação prevalecem.
Não há remédios específicos. Alguns como a vitamina E, o ácido ursodesoxicólico e as glitazonas estão em fase de pesquisa. Mas ainda não podem ser utilizados pois não há provas de que funcionem mesmo.
A evolução se torna perigosa
É importante ter disciplina para reverter o quadro já que, se as causas não forem corrigidas, a esteatose pode evoluir para uma doença crônica, podendo se tornar uma perigosa cirrose hepática ou um câncer do fígado.
Embora não seja uma doença complicada de tratar, a prevenção é o melhor caminho. Para isso, basta estar atento a alguns indicadores como: manter o peso na faixa ideal, praticar uma atividade física regularmente, monitorar o colesterol, os triglicérides e, claro, manter o diabetes sob controle. Como você vê, a receita é quase sempre a mesma...

Estatísticas da doença
À medida que a população vai se tornando mais obesa, o diagnóstico da esteatose começa a ficar mais freqüente. No Brasil ainda não existe estatística que retrate a doença, mas, nos Estados Unidos, onde a população engordou demais nas últimas décadas, estima-se que 20% tenha esteatose hepática. Na faixa etária acima dos 50 anos, esta proporção chega a 40%, o que a faz ser considerada um problema de saúde pública. Entre os obesos, 57% a 74% têm a doença. Entre os diabéticos, 63%, e entre os que são obesos e diabéticos a prevalência da doença quase alcança a totalidade.


Fonte :http://dietaja.uol.com.br/

O ataque em cada frente de batalha
Segundo o Dr. Galizzi Filho existem três caminhos para o ataque fronteiro à esteatose: 
1 “Os pacientes com aumento dos lípides sangüíneos devem fazer dieta pobre em gorduras e carboidratos.
2 Os diabéticos, por sua vez, precisam de um cardápio pobre em carboidratos. 
3 Os obesos necessitam de um regime para perda de peso, mas de maneira cautelosa e saudável”.

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3 comentários:

Anônimo disse...

Oie Aline ,tb amei seu blog!!!
Eu me lembro qdo estava bem acima do peso ,eu tinha desenvolvido essa doença,nossa eu fiquei apavorada,hj mais magra graças a Deus eu fui curada.
Muito legal o seu post!!!
beijosss

29/01/2011, 05:40
Unknown disse...

Pois é Dani...
desenvolvi e foi um choque pra mim! mas vou me livrar disso e de muito mais! obrigada por me visitar!
beijo!

30/01/2011, 05:28
JOVV disse...

Eu estava com 112kg de peso, e apresentei imagem sugerindo esteatose no fígado. Baixei 16kg, e a imagem desapareceu da eco. Acho que a solução primeira, realmente é perda de peso. Força de vontade e apoio familiar são importantes nesta tarefa.

27/03/2012, 20:27

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